sábado, 2 de outubro de 2010

Dia 33

- ataque de riso colectivo.
Nós servimos almoços durante a semana que vêm de uma empresa lá para o café. Todos os dias por volta das 11h da manhã um rapaz entra no café com dois tabuleiros grandes (um do prato de carne e o outro do prato de peixe), uma quiche salgada, uma tarte/bolo para sobremesa e um tupperware com a sopa. Entrega tudo, põe a sopa na nossa sopeira e vai lavar o tupperware. Nós, que não estávamos minimamente atentos ao que ele estava a fazer e estávamos entretidíssimos a ver o aspecto dos pratos principais, não nos lembrámos de que o detergente da loiça estava no fim. Estávamos a observar os pratos quando se ouve um ruído mesmo suspeito, do sítio onde o rapaz estava, que no momento deu a entender que ele estaria com algum problema de gases. Começámos a rir, os três que estávamos lá, e não parámos antes de o rapaz ir embora. Entretanto já tínhamos percebido que tinha sido o frasco do detergente a fazer o barulho, mas não conseguíamos parar de rir, e já estávamos vermelhos e a chorar, e clientes que nos viam a rir, mesmo sem saberem porque ríamos, começaram a rir também. Foi o momento mais parvo que já vivi naquele café. Eu estava com pena do rapaz, que devia achar que estávamos a gozar com ele, mas quanto mais olhava para a cara dele de quem não percebia o que se estava a passar, mais vontade tinha de rir. E eu tenho um problema sério com ataques de riso. Custa muito a parar, e quanto mais olham para mim, pior é.

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