sábado, 28 de agosto de 2010

Dia 10

Caros amigos, hoje tenho duas situações que nada têm de extraordinário, são obviamente ridículas e ainda assim acontecem constantemente (daí eu publicar).

- Nem sempre é bom as crianças perceberem que os crescidos lhes acham piada.
Há uma criança amorosíssima que deve ter uns dois anos e cujos pais são clientes regulares no café. É daquelas crianças espevitadas que tendem a interagir muito com as outras pessoas, conversando, entrando na cozinha, todo o tipo de atitudes a que achamos imensa graça quando vindas de um ser humano com menos de 80cm de altura. Acontece que hoje, perto da hora do fecho, a família da menina pediu algumas imperiais, que estavam sobre a mesa, na esplanada, enquanto os adultos conversavam. Sem que se apercebessem, a criancinha chegou perto da mesa, segurou-a pelos pés e começou a abaná-la e a rir, de forma a que tudo o que havia se entornou, sujando a mesa, o chão e a roupa de todos os que lá estavam.

- Pedir um alimento no balcão de um café não é errado e não deve ser encarado como tal.
Este é outro daqueles acontecimentos típicos que o meu cérebro não atinge. Está o café cheio de gente, montes de barulho, e o cliente sussurra entre dentes, como se fosse segredo ou fosse pedir algo de errado, 'era um pãozinho com manteiga'. Nós, sem perceber... 'desculpe?' O cliente faz um ar ainda mais sofrido e repete, de uma forma ainda menos perceptível. Se calhar as pessoas não sabem, mas se não abrirem a boca e/ou não fizerem uso de uns instrumentos maravilhosos que têm chamados cordas vocais, nós não vamos perceber o que querem. E o ar sofrido... não percebo se acham que é vergonhoso o pedido que vão fazer, mas é pouco provável porque nós só vendemos coisas decentes, ou se é pena de nos darem trabalho, e nesse caso sugiro que experimentem trabalhar a dicção e poupam-nos o tempo gasto a tentar descobrir o que desejam. Só sugestões.

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